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O Peso Invisível da Solteirice no Corpo de Cristo


O vídeo que assisti recentemente foi muito coerente — e é bom ver temas como este sendo abordados com responsabilidade, especialmente por homens casados. Ao assistir, vieram à tona algumas vivências minhas como mulher, solteira, com 14 anos de missão e formação teológica.


Já deixei de buscar aconselhamento pastoral porque, em muitos lugares, a esposa do pastor não exercia esse papel — e, para mim, é imprudente procurar aconselhamento diretamente com um pastor homem. Afinal, pastoras, teologicamente falando, nem existem... quanto mais solteiras — não é? E, mesmo tentando buscar apoio em outras mulheres da liderança, todas eram casadas — e ainda assim evitavam ouvir uma mulher solteira.Seja por falta de experiência prolongada na vida solteira, por associarem automaticamente à carência, ou até por frustrações pessoais no próprio casamento... o fato é que raramente há um espaço seguro para solteiros — e ainda menos para mulheres solteiras.Muitas vezes, me senti invisível ali.


Como me sentir parte do Corpo de Cristo se, até aqui, na soberania do Senhor, o casamento ainda não fez parte da minha história — e talvez nunca faça — mas o simples fato de ser solteira já me priva até mesmo de um aconselhamento?Como se minha “solteirice” fosse autoexplicativa, e por si só me desencaixasse da lógica estrutural do sistema eclesiástico...

Falamos muito que o último avivamento será na família — mas, subliminarmente, soa que é a família formada e multiplicada pelo casamento. No entanto, acredito que esse avivamento é para ser família, não apenas formar uma.


Enquanto isso, com formação teológica e anos de experiência no campo missionário — pastoreando em orfanatos, resgatando pessoas em zonas de tráfico no México, atuando em capelania no corredor da morte nos EUA, servindo como ponte diplomática em processos internacionais —, vi-me considerada inapta até mesmo para compartilhar em pequenos grupos, simplesmente por não ter uma aliança no dedo.

Vi pessoas recém-casadas assumirem liderança, mesmo com comportamentos imaturos dias antes do matrimônio.Enquanto isso, a santificação e a prestação de contas na vida do solteiro parecem insuficientes para que se enxergue maturidade e chamado.


Curiosamente, homens solteiros em liderança raramente são questionados.Já eu ouvi que "a mulher casada tem voz profética... e a solteira... serve para orar por um futuro marido".

Minha reflexão aqui não é por revolta, mas por zelo: Estamos validando chamados com base em alianças visíveis ou nos frutos do Espírito?


Paulo foi claro:

"O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor." (1 Coríntios 7:32)

Se um dia eu casar, estarei debaixo da missão que Deus confiar ao meu marido — e sim, a régua é alta. Mas se, na soberania do Senhor, o casamento não fizer parte da minha história, isso não me abala — porque nunca definiu o modo como vivo.



Por que manter a régua alta?


sim! Mas... É outro post...


Meu desejo é que possamos amadurecer como Igreja.Que a identidade e a missão dos santos sejam reconhecidas pelo fruto do Espírito, e não pelo estado civil.

Ser solteira não é sinônimo de incompletude.Em Cristo, somos plenas.Em Cristo, somos família.E, no fim, é Ele quem sela nosso chamado — não uma aliança humana.

Que sejamos Igreja para todos: casados, solteiros, viúvos — todos aqueles que amam ao Senhor de todo coração, alma, mente e força. 💛

 
 
 

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